COMUNICADO: E a nossa terceira escritora (aquela a qual idéia fundou este blog) sumiu com um angolano bem dotado, à trabalho. E vocês com isso? Nada. Só vão ficar algum tempo mais sem a sua tão amada presença, desfrutando apenas da libido do Victor e da Cherry.

Agora, chega de formalidades. Vamos ao que interessa, porque tenho um conselho importante hoje.
Ontem à noite recebi um cliente. Não, não eram aqueles clientes que, como a maioria, dizem "quero ver você lambuzadinha", fungam, ejaculam rápido, falam que é culpa da esposa, e vão embora.
Meninos do bordel de minha patroa, era um homem falante. Aqueles que comentam sobre o teto quando estou por cima, sabe?
Não que isso seja ruim. A Cherry adora filosofar um pouco. Acreditam que após tudo terminado, e cigarro fumado, ele disse "foi bom prá você?". Olha, não sei se foi preocupação com meu bem-estar sexual, ou excesso de narcisismo e arrogância da parte dele (sim, ele ergueu uma sobrancelha só), mas eu gostei.
- Hey cara que eu transei, você gosta de ler?
- Hum... tá falando de Playboy, né? Só vejo as fotos.
- Não, tô falando de livros... tenho um aqui, sempre ofereço aos clientes que me simpatizo. É um romance medieval.
- Não, obrigado. Nem gosto dessas coisas modernas.
Sussurrei 'camisinhas nem existiam nessa época, estúpido'. Acho que ele achou que eu gemia, e começou a se esfregar em mim.
Arrisquei de novo:
- Sexo tântrico, sexo tântrico! – e mais baixinho:
- Tenho um livro também.
Não sei se ele ouviu a parte do livro, mas manteve-se firme (firmíssimo) por horas, e horas... talvez dias.
Moral da história: Todo mundo, por mais tapado que seja, sempre entende bem de alguma coisa. Mesmo que te respondam algo que você nem perguntou...
Mais importante e lucrativo que a moral da história: Cobramos por hora.